Grupo de Trabajo 17: Políticas de las emociones en la Era del Capitaloceno: explorando el universo de las sensibilidades del Fin del Mundo
Groupe de travail 17: Politique des émotions à l'ère capitalocène: exploration de l'univers des sensibilités de la fin du monde
Grupo de Trabalho 17: Política de emoções na Era
Capitaloceno: explorando o universo das sensibilidades do fim do mundo
Org. : Horacio
Machado Araoz
(English) As we have been
proposing, the ecological civilizational crisis that marks contemporary times
involves not only a "state of the planet", but also, and perhaps more
decisively, a "state of the soul"; the state of disaffection of
living human organisms that, in the routinized sociometabolic dynamics of
ultra-modern urban-digitized lives, express and experiment with respect to the
hydra-energetic and material flows that make up - and make us participate in -
the web of life, as an ecological-biopolitical process.
The emotional variable and the state of social
sensibilities appear, in recent decades, as one of the crucial factors on which
depends the course of global warming, the climate crisis, the accelerated
erosion of biodiversity and other vectors of the crisis, all the more so than
the volumes of emissions, the rates of deforestation and degradation of habitats,
or the intensification of extractive pressures on territories. Rather, these
last variables seem to respond less to policies, laws and institutional
mechanisms of regulation and control, than to the sensibilities regimes
effectively in force as perceptual, cognitive, evaluative and practical devices
on the basis of which individuals define their practices and their ways of
being, relating and producing the world.
The trajectory of the global ecological crisis,
from its irruption - back in the ‘distant years’ 70 - until today, thus shows a
worrying course, which has gone from astonishment to denial; from denial, to
the officialization and institutionalization of the crisis; and from this, to
the current state of helplessness and trivialization of the critical state of
deterioration of the Life-Earth system. From Stockholm to Madrid (2020), the
successive summits for the Earth and for the Climate have passed in vain.
Today, unlike decades ago, "everyone knows" and, at the same time,
"no one does anything" (really conducive).
In this sense, we propose the idea of
Capitalocene, not only as a geological crisis that affects the fundamental
balances of the biosphere; but also as an anthropological crisis, where a
species, a force of the Earth has shown an unprecedented capacity to influence
and affect the course and the fabric of life, however, without feeling itself
affected. The state of political ataraxia of the bodies with respect to the
Earth as a Community of communities of life, is what seems to define the
practical logic of the Capitalocene insofar as it was geological and a regime
of (in) sensibility.
Faced with this scenario, thinking about the
ecological-civilizational crisis, critically thinking about the politics of the
domination of the bodies-territories, and thinking about the anti-systemic
alternatives and the possibilities and challenges of transitions to other
possible worlds, crucially goes through reviewing the emotional state of
bodies, and not only the impacts of technologies and diagnoses on the indices
that warn us about the biophysical limits of the planet and the thresholds of
collapse (Rockström, 2009). Against this background, this working group
postulates some key thematic lines that seem to us to be important axes of
encounter and dialogue on research, reflections and ongoing analysis in the
field of the political ecology of emotions.
●
Water, stock market and social sensitivity.
●
Food. Agribusiness, zoonoses and syndemics.
●
Fossil capitalism. Peak oil, the oil lobby and the decarbonization
of the economy.
●
Socio-ecological transitions.
●
Ecofeminisms.
●
Political economies of communality.
● Agua,
mercado de valores y sensibilidad social.
● Alimentos.
Agronegocio, zoonosis y sindemias.
● Capitalismo
fósil. El peak oil, el lobby petrolero y la descarbonización de la economía.
●
Transiciones socioecológicas.
●
Ecofeminismos.
● Economías
políticas de la comunalidad.
En ce sens, nous
proposons l'idée du capitalocène, non seulement comme une crise géologique qui
affecte les équilibres fondamentaux de la biosphère; mais aussi comme une crise
anthropologique, où une espèce. Une force de la Terre a montré une capacité
sans précédent d'influencer et d'affecter le cours et le tissu de la vie,
cependant, sans se sentir affectée. L'état d'ataraxie politique des corps par
rapport à la Terre en tant que Communauté de communautés de vie, est ce qui
semble définir la logique pratique du Capitalocène en tant qu'elle était
géologique et un régime d '(in) sensibilité.
Face à ce scénario, la
réflexion sur la crise écologique-civilisationnelle, la réflexion critique sur
les politiques de domination des corps-territoires, et la réflexion sur les
alternatives anti-systémiques et les possibilités et défis des transitions vers
d'autres mondes possibles, passe de manière cruciale pour
passer en revue l'état émotionnel des corps, et pas seulement les impacts des
technologies et des diagnostics sur les indices qui nous alertent sur les
limites biophysiques de la planète et les seuils d'effondrement (Rockström,
2009). Dans ce contexte, ce groupe de travail postule quelques axes thématiques
clés qui nous semblent être des axes importants de rencontre et de dialogue sur
la recherche, la réflexion et l'analyse en cours dans le domaine de l'écologie
politique des émotions.
●
Eau, bourse et
sensibilité sociale.
●
Aliments. Agro-industrie, zoonoses et syndémies.
● Capitalisme
fossile. Le pic pétrolier, le lobby pétrolier et la décarbonisation de
l'économie.
●
Transitions socio-écologiques.
●
Écoféminismes.
●
Économies politiques de la communauté.
(Português) Como
temos sugerido, a crise ecológico-civilizacional que marca os tempos
contemporâneos envolve não apenas um "estado do planeta", mas também,
e talvez mais decisivamente, um "estado da alma"; o estado de
desafeição dos organismos humanos vivos que, na rotineira dinâmica
sociometabólica das vidas ultra-modernas urbano-digitalizadas, expressam e
experimentam com respeito aos fluxos hidroenergéticos e materiais que compõem -
e nos fazem participantes - da trama da vida, como um processo
ecológico-biopolítico.
A
variável emocional e o estado das sensibilidades sociais aparecem, nas últimas
décadas, como um dos fatores cruciais dos quais dependem o curso do aquecimento
global, a crise climática, a erosão acelerada da biodiversidade e outros
vetores da crise, ainda mais do que os volumes de emissões, os índices de
desmatamento e a degradação dos habitats, ou a intensificação das pressões
extrativistas sobre os territórios. Ao contrário, estas últimas variáveis
parecem responder menos às políticas, às legislações e aos mecanismos
institucionais de regulação e controle, do que aos regimes de sensibilidade que
estão efetivamente em vigor como dispositivos perceptivos, cognitivos,
avaliativos e práticos, com base nos quais os indivíduos definem suas práticas
e seus modos de ser, relacionando-se e produzindo o mundo.
A
trajetória da crise ecológica global, desde sua irrupção - nos distantes anos
70 - até hoje, mostra assim um caminho preocupante, que passou do espanto à
negação; da negação, à oficialização e à institucionalização da crise; e disto,
ao atual estado de impotência e banalização do estado crítico de deterioração
do sistema de Vida-Terra. De Estocolmo a Madri (2020), as sucessivas Cúpulas da
Terra e do Clima passaram em vão. Hoje, ao contrário de décadas atrás,
"todo mundo sabe" e, ao mesmo tempo, "ninguém faz nada"
(realmente propício).
Neste
sentido, propomos a ideia do Capitaloceno não apenas como uma crise geológica
que afeta os equilíbrios fundamentais da biosfera, mas também como uma crise
antropológica, onde uma espécie, a força da Terra, demonstrou uma capacidade
sem precedentes de influenciar e afetar o curso e o tecido da vida, sem, no
entanto, se sentir afetada. O estado de ataraxia política dos corpos com
respeito à Terra como Comunidade de comunidades de vida, é o que parece definir
a lógica prática do Capitaloceno como uma era geológica e um regime de
(in)sensibilidade.
Diante
deste cenário, pensar sobre a crise ecológico-civilizacional, pensar
criticamente sobre as políticas da dominação dos corpos-territórios e pensar
sobre as alternativas anti-sistêmicas e as possibilidades e desafios das
transições em direção a outros mundos possíveis, envolve crucialmente a revisão
do estado emocional dos corpos, e não apenas os impactos das tecnologias e
diagnósticos sobre os índices que nos alertam sobre os limites biofísicos do
planeta e os limiares de colapso (Rockström, 2009). Neste contexto, este grupo
de trabalho postula algumas linhas temáticas chave que nos parecem importantes
eixos de encontro e diálogo sobre as pesquisas, reflexões e análises em
andamento no campo da ecologia política das emoções.
- Água, valores de mercado e sensibilidade social.
- Alimentos. Agronegócios, zoonoses e sindemias.
- O capitalismo fóssil. O peak oil, o lobby do petróleo e a descarbonização da economia.
- Transições sócio-ecológicas.
- Ecofeminismos.
- Economias políticas de comunalidade.
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